Olá!!
Não pretendo ser cansativa com minhas impressões deixadas aqui no blog, mas algumas situações se repetem no meu cotidiano e volto a falar delas... Muitas vezes, tento definir o tema deste blog, mas está difícil. Assim, acredito que por mais algum tempo, vou exprimir sensações diversas.
Só estou tentando não ser toda Dramática, me desculpem se ainda não consegui fazer desse espaço mais bem humorado. Se não o fui, é porque realmente estou sendo sincera com meus sentimentos.
Pois bem, voltando ao título...Se "ando devagar" é porque em Maio completam-se 2 anos que sofri o AVC, desde então convivo com minhas limitações físicas e tenho buscado me adaptar a esta nova realidade. Até hoje não é nada fácil ter que andar sozinha, depender do apoio da bengala pra não cair, subir no ônibus e muitas vezes não ser respeitada pelos demais passageiros.
Não pretendo ser cansativa com minhas impressões deixadas aqui no blog, mas algumas situações se repetem no meu cotidiano e volto a falar delas... Muitas vezes, tento definir o tema deste blog, mas está difícil. Assim, acredito que por mais algum tempo, vou exprimir sensações diversas.
Só estou tentando não ser toda Dramática, me desculpem se ainda não consegui fazer desse espaço mais bem humorado. Se não o fui, é porque realmente estou sendo sincera com meus sentimentos.
Pois bem, voltando ao título...Se "ando devagar" é porque em Maio completam-se 2 anos que sofri o AVC, desde então convivo com minhas limitações físicas e tenho buscado me adaptar a esta nova realidade. Até hoje não é nada fácil ter que andar sozinha, depender do apoio da bengala pra não cair, subir no ônibus e muitas vezes não ser respeitada pelos demais passageiros.
É absurdo as pessoas ainda não cederem lugar ao deficiente físico, principalmente no assento preferencial. Em algumas ocasiões pedi que a pessoa se retirasse do lugar, em outras não estava tão disposta, e preferi não pedir, então fiquei o tempo todo de pé no ônibus, quase me matando pra se equilibrar, e ainda segurar a bengala.
Além disso, na rua o ritmo frenético dos transeuntes é absurdo, isso me dá agonia e medo de não ser vista e ser derrubada.
Ao mesmo tempo, foi nesse meu ritmo lento que fui descobrindo mais detalhes em cada cantinho por onde passo. Converso mais com as pessoas na rua (com as que se mostram disponíveis), e me permiti mais tempo pra ir e voltar dos lugares.
Contudo, ainda me sinto desconfortável por ser uma pessoa com deficiência e ter que assumir tal condição. Ainda é difícil ser reconhecida como tal. Acredito que esta dificuldade também é reflexo da nossa cultura que não nos aceita com limitações. O sistema ideológico impõe que todos sejam perfeitos e capazes, quando na verdade não somos e nunca seremos. Essa perfeição exigida é ilusória.
A cidade de São Paulo tenta se organizar no sentido de garantir acessibilidade aos deficientes físicos, mas o resultado ainda é ínfimo, principalmente pra quem não mora nas regiões mais centrais (que é o meu caso).
Tudo isso é um desabafo, mas também um Protesto(!), bem como uma nova forma de vida, com um andar mais lento e mais atento...
Tudo isso é um desabafo, mas também um Protesto(!), bem como uma nova forma de vida, com um andar mais lento e mais atento...
Até Mais. Beijos...
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